quarta-feira, 12 de setembro de 2012

“UMA SECA EM ANO DE ELEIÇÃO SÃO DUAS SECAS”

foto na comunida paraguai municipio de oeiras
O povo nordestino sofre dolorosamente com os efeitos da seca desde o início da povoação da região. A história nos reporta que a pior seca no Nordeste ocorreu em 1877, quando 57 mil nordestinos, tiveram a vida ceifada pela tragédia. Passaram 133 anos da catástrofe e os nossos políticos muito pouco fez ao longo do tempo para amenizar o sofrimento causado pela falta de chuvas com regularidade no Nordeste.

Lamentavelmente a única coisa que a maioria dos políticos de todas as regiões do País, construiu e colocaram em funcionamento com muita competência e perfeição foi à indústria da seca. Também pudera a referida indústria sempre assegurou e continua assegurando mandatos eletivos com bastante facilidade.

Mesmo com a criação do DNOCS e da SUDENE pelo Governo Federal, com o objetivo de combater a seca, dar para perceber que muito pouco os referidos órgãos oficiais conseguiram avançar na erradicação dos problemas causados em função das estiagens prolongadas. É de domínio público que as autarquias acima mencionadas serviram mais para formação de cabides de empregos e ajudar a manter no poder através do voto da humilhação por muitos anos a maioria dos caciques da política brasileira.

Comprovando a dura e triste realidade do desempenho minguado no combate a seca está aí em plena evidência o fantasma do “carro pipa” e outros tipos de humilhação que os nordestinos vivem no seu dia a dia. Quando será que a maioria da população da zona rural dos 1.133 municípios do semi-árido brasileiro irá se libertar dessa opressão velada que tanto agride a dignidade humana?

Em vigor há mais de treze anos, a lei número 9.433/97, assegura a todos seres humanos que vivem em nosso território nacional a consumir água potável nos padrões de qualidade exigidos pela OMS. Será quando que a população da zona rural terá o seu direito garantido perante a citada norma legal?
Em Oeiras não é diferente dos demais municípios do semi-árido, vive no momento uma das piores secas dos últimos 35 anos. Não choveu geral no município nos meses das águas, e o índice pluviométrico foi muito aquém do normal.

Diante desta dura realidade a população da zona rural é a mais prejudicada e está bastante preocupada com a situação. Esquecidos pela maioria dos políticos tradicionais, principalmente quando as chuvas caem com regularidade todos desaparecem do cenário. Mas! Quando a estiagem prolongada ocorre em ano de eleição, aparecem defensores do homem do campo de todos os lados. Entram em cena de maneira oportunista: com discursos eloqüentes, debates, promessas, manifestações, reuniões, passeatas e protestos.

Amparados por uma forte pressão midiática orquestrada pela imprensa local que tenta passar para população uma realidade fictícia, realizando publicações de diversas matérias contraditórias e muitas delas tendenciosas, a respeito das dificuldades enfrentadas pelos habitantes da zona rural do município de Oeiras. Atualmente nossos sertanejos estão bem mais conscientes e não acreditam mais em promessas mirabolantes de políticos que desde sempre os enganou.

Somente com medidas destinadas a fortalecer a infra-estrutura de cada município do semi-árido, especificamente com relação ao controle rigoroso dos recursos hídricos que apresentam como um fator limitante, e também investir no potencial vocacional de cada um desses municípios, visando assim, à geração de emprego e renda para promover o desenvolvimento sustentável, e melhorar a qualidade de vida do sofrido homem do campo.

FONTE: blog do paulo nunes

POSTADO POR: Joselito

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